29 de janeiro de 2013

7ª Arte - Django Unchained



É certo e sabido que quando se tem o prazer de ter um filme do Tarantino nas salas de cinema, a sua visualização por nossa parte, o público, é quase uma obrigação!
Quentin Tarantino volta à cadeira de realização e de argumentista e entrega-nos um Spaghetti Western com o seu Django Unchained que vem carregado de marcas únicas e específicas da realização deste senhor. E num período que Hollywood anda a estrangular por novas histórias e inovação, Quentin continua a mostrar o vigor do seu sangue e a emanar criatividade tanto no argumento como na sua peculiar realização. Trata-se verdadeiramente de um génio.

Django Unchained conta-nos a história de um escravo, Django(Jamie Fox) de seu nome, que foi libertado por um dentista alemão, Dr. King Schultz (Christoph Waltz) que nada mais é que um caçador de recompensas em pleno século XIX numa américa ainda esclavagista. A acção decorre e Django une-se com Dr. Schultz numa demanda a Candyland, plantação controlada pelo magnata Calvin Candie (Leonardo Dicaprio) à procura da sua amanha Broomhilda (Kerry Washington).
O filme começa com os créditos, bem à Tarantino e é nessa sequência que conhecemos Django, numa cena de clara homenagem ao cinema feito nas décadas de 60. Mas é com a entrada de Waltz e o seu caricato Dr. Schultz que ficamos, de vez, embrenhados no filme até ele acabar. A performance de Waltz é, simplesmente, carismática. Conquista-nos logo nos minutos iniciais e conseguimos criar uma empatia enorme com aquela personagem que nada tem a ver com o desprezível Col. Hans Landa de Waltz no Inglourious Basterds, como em muitos comentário eu vi por aí. Lá por serem ambos personagens alemãs num filme de Tarantino e representado pelo mesmo actor não quer isso dizer nada! Waltz brilha naquela personagem e dá-lhe um toque especial e único, nunca sentimos que aquele carismático “dentista” é semelhante ao nazi irritante de 2009.
Mas não é só Waltz que brilha nestas duas horas e meia de filme, Leonardo Dicaprio tem dos papéis mais fortes da sua carreira com o seu tirano Calvin Candie, o actor arriscou em aceitar tal papel, fazer de ser desprezível e de “mau da fita” não é bem a sua praia, mas agora digo com todas as certezas: ainda bem que o aceitou! Jamie Fox tem uma prestação interessante também, foi um forte protagonista mas muito ofuscado, na mesma, pelas performances brilhantes dos seus colegas coadjuvantes, Waltz e Dicaprio.
Os planos de Tarantino estão fenomenais e o seu pulso forte e, ao mesmo tempo, criativo na realização de Django Unchained é fenomenal, tão fenomenal que a Academia até teve medo de o nomear (raios a partam!). E estas duas horas e meia, que na minha opinião foram excessivas, visto que o clímax da acção não corresponde ao final do filme e, na minha humilde opinião, resultaria melhor se os dois coincidissem, foram sempre acompanhadas por uma curiosa banda sonora que vai de temas mais característicos dos Westerns até ao inesperado Hip Hop que, na verdade, foi uma escolha arriscada mas muito bem sucedida.

Isto é Tarantino, isto é cinema, isto é o vencedor dos Oscars (se o mundo fosse justo).

Avaliação: 18.5/20

3 comentários:

  1. Eu adoro a velocidade furiosa e agora com o Dwayne lá omg, ele é o meu actor preferido xD

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  2. Olha só, Django já virou um clássico, mas eu não curto muito.

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  3. Isso é porque não viste quando ela estava mesmo careca xD Amei o Silver, homem, best movie of the year so far! Já era horita de fazeres uma pg. prós filmes de 2013 xD

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