11 de outubro de 2011

Tejo


Agarro-te pelo teu frágil braço e arrasto-te pela nossa cidade da saudade. Praguejas comigo e tentas-te soltar das minhas quentes mãos. Eu deixo-te por um segundo, mas logo de seguida abraço o teu delicado corpo e beijo, ao de leve, a tua branca face que, prontamente, respondeu ao meu toque ao encarnar as tuas macias maçãs de rosto. Sorris e, com essa tua graciosa boca, prendes-me com um longo beijo. Eu envolvo a tua desorientada cabeça num dos meus braços, enquanto o outro te puxa contra o meu corpo.
Quando os nossos lábios se saciaram, os meus olhos atravessaram os teus. Sorri e acaricio o teu bonito rosto que também me sorri afectuosamente. Apanhei uma madeixa do teu cabelo castanho que fora arrastado pelo vento e, por fim, deixo-a escapar-se por entre os meus finos dedos.
Juntos olhámos para o nosso reflexo espelhado nas águas calmas do Tejo. Fixei os teus olhos na água e disse-te:
- Dava tudo para ficar assim… Contigo… Para sempre…

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