3 de agosto de 2010

Distúrbios de Guerra

Ele, pesarosamente, andava. Andava pelo meio de corpos desfigurados, sangue derramado, gritos agonizantes, andava pelo meio de uma cruel guerra. E a cada passo que dava sentia-se mais só, mais longe, mais desesperado. Ele apenas queria voltar atrás, para regressar para os braços dela que tanto o esperavam, lá, na longínqua cidade de Londres.
Mas não podia, não! Tinha que defrontar uma guerra que nem era sua, uma maldita guerra terrível e nojenta. Essa mesma guerra que arrancara o seu sonho de voltar e o mutilara para o tentar matar, mas não conseguiu! Claro que não! Pois ele ainda acreditava que um dia voltaria para os braços dela. Pois se não acreditasse nisso em nada mais poderia acreditar…
Ele não sabendo o que fazia, deixou-se cair, estafado. Fecha os olhos e sussurra o nome dela.
Não mais voltou a abrir os verdes olhos que a desejavam ver. Mas ela, ela ainda contínua à espera, na longínqua cidade de Londres.
Ps: Isto é um tributo ao melhor filme/livro de sempre: Expiação.

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