A saudade é talvez a mais portuguesa de todas as palavras. Nela cabe toda a História, todo o respirar e todas as lágrimas de um povo.
Há séculos atrás, quando de Lisboa partiam os destemidos marinheiros para terras negras e desconhecidas a saudade nasceu no coração dos portugueses que ficavam. Como diria um grande poeta: “Malhas que o Império tece”.
Oh Portugal! Quantas lágrimas já verteste ao comando deste impiedoso sentimento característico?
E o que aconteceu a nós? Malhas que o coração teceu…
As parcas dividiram o nosso unido fado e dele nasceu um aglomerado de novos caminhos e intrigas. Já não me pertences. O nós deixou de existir. Eu tenho saudades de nós… De tudo que fazíamos juntos, das conversas, dos sorrisos, dos olhares.
Sinto saudade de um passado e mágoa de um futuro. Assim deixo escapar mais uma lágrima para o enorme oceano de saudade que banha todo este meu Portugal.