16 de julho de 2010

A Caneta que já não escreve


A Caneta já não obedece a sentimentos, pois deixei de os ter. A dor, por fim, acabou, mas também levou algo. Não sinto esse algo. Falta senti-lo.
Perdi-o algures, no meio de um extenso infinito deserto de procura impossível. Assim quem sou eu afinal?
Onde está aquela pessoa quem bastava um sorriso para a felicidade invadir todo o seu espírito?
Onde está aquela pessoa quem bastava um dia de calor para que a euforia de aproveitar a vida explodisse?
Onde está aquela pessoa quem bastava inspirar a doce suave brisa de verão para saber que estava tudo bem? Era minha terapia pessoal e também a perdi.
Tentei procurar algo no meio da brisa, mas, mesmo assim, nada encontrei. Continuo perdido, algures.

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