Protocolo Quebrado

-Prazer em vê-la. Disse ele, segura e rigidamente.
-O prazer é todo ele reservado a mim. Disse ela, algo insegura pois estava a ser traída pelo nervosismo que a alertava que era ele com quem falava.
Corou um pouco face á situação constrangedora, mas atreveu-se a olhar nos curiosos verdes olhos dele. Arrependeu-se de imediato. Desviou o olhar e quebrou com o contacto visual entre os dois.
Ele pragueja algo imperceptível a ela, depois diz:
- A que se deve tal timidez? Julguei-a mais desinibida menina Anne.
-Então, Sr.Thomas, julgou-me mal. Disse ela prontamente, abandonado a sua timidez momentânea.
A euforia de o ter a menos de meio metro de si arrepiava-a. Queria exterminar com todo aquele protocolo de boa educação e, apenas, beijá-lo. Mas não podia, seria “decapitada” se o fizesse.
Os seus pensamentos foram interrompidos com um súbito toque..
Ele beijava-a, sem qualquer aviso, sem qualquer protocolo, sem qualquer educação ou juízo. Apenas beijava-a pois o coração assim o dizia. E ela gostava, gostava das coisas assim.