Apenas quando a fria água salgada do agitado mar trespassa os meus pés é que me sinto, verdadeiramente, bem. O som das grandes ondas a desmoronarem-se em espuma, o bater da água nas fustigadas rochas, o cheiro suave da brisa marítima, tudo isto me dá uma efémera alegria e um fascínio enorme. O que me faz pensar… Pensar em nada, porque não tenho nada em que pensar, pois ainda me falta encontrar algo. A mim. Não sei o que sou, quem sou, o que ando aqui a fazer, de quem gosto e de quem odeio. Apenas sei que gosto do mar a fustigar as minhas pernas, gosto de sentir a agua a molhar-me, gosto dos salgados salpicos a refrescarem-me a cara. Apenas sei… Que no mar posso confiar, sem ter que ver um cruel olhar repugnante em contrapartida.
Por vezes apetece-me gritar ao mundo.
Dizem que é muito bom. Eu ainda não li, mas estou a pensar fazê-lo.
ResponderEliminarQue texto lindo *
o mar é mesmo extraordinário!
ResponderEliminarse te apetece gritar, então grita!